quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DON'T JUMP

 Sinto o vento batendo em meu rosto, a altura deve estar o deixando tonto.

 Eu tinha medo por ele, em minha mente eu gritava seu nome, sem parar. Eu não sinto mais minhas pernas, pois agora elas corriam sozinhas ao seu encontro. Todos da cidade olhavam para cima, mas sem poder enxergar, em conseqüência as gotas de chuva que caem.
 Essa promessa que ele fez, eu não posso o deixar cumprir.
 Subi as escadas do prédio correndo, por fora eu estava cansada, mas por dentro, eu queria correr mais ainda, para chegar logo.
 Finalmente estava sobre o chão frio do telhado, meus olhos procurando-o, até focalizá-lo. Meus pés criaram vida própria, indo diretamente á ele. Quando olhei para ele, vi que já tinham lagrimas em seus olhos, que desciam em seu rosto, até caírem no chão. Eu não sabia o que falar, tinha que impedi-lo. Mas como? Nada que eu falasse iria impedir. Mas mesmo assim eu tinha que tentar, pois ninguém estava aqui para ajuda-lo. Só eu.
 - Apenas pegue a minha mão, eu vou te dar uma chance. Não pule – Falei, sentindo as lágrimas.
 - Eu grito durante a noite por você – Ele falou, como se estivesse concluindo minha pergunta não feita.
 - Não torne isso real – falei me sentindo um nada – Não pule. Não deixe as lembranças irem embora de mim e de você – Ele sorria, como se estivesse vendo um paraíso.
 - Eu não sabia que você viria. – Falou, sorrinso fraco. – Mas por que você quer me impidir? Eu não vou fazer falta mesmo.
 - Claro que vai – Quando falei essas palavras, instantaneamente eu senti a verdade delas. Ele faria mais falta do que qualquer pessoa. – Por favor, não pule.
 - E se nada puder me fazer voltar atrás? – Ele falou, indo para perto da beirada.
 Pensei um pouco e ja sabia minha decisão.

                                - Eu pulo por você!

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