segunda-feira, 20 de setembro de 2010

THE CALL

 Eu tinha dado a noticia fazia apenas 2 semanas, e assim tive que ir. Decidi me despedir de todos, até de quem eu não gostava, nunca saberia quando viria eles de novo. Despedir-me dele seria o pior de tudo. Eu não sei se vou agüentar ficar sem ele por muito tempo, mas eu não tinha escolha, eu tinha que partir. Olhei para minhas amigas, e abracei cada uma delas, a saudade já batendo forte em meu peito.
 Chegou a vez dele, eu simplesmente não sabia o que fazer, não queria me despedir. Abraçamos-nos, muito forte, nosso ultimo abraço.
 - Você vai voltar, quando tudo estiver acabado? – Ele pediu.
 - Não sei, nunca se sabe – respondi com um sorriso fraco.
 Olhei em seus olhos, aquilo que começou com um sentimento, agora já é como um grito de guerra. Tudo que eu preciso, é saber quem são meus amigos, pois nunca me esquecerei deles.
 - Quer dizer, então, que você não sabe se pode voltar? – Ele pediu, olhando para o chão.
 - Não sei – falei baixinho.
 - Mas você nunca vai se esquecer de mim né ?
 - Claro que não – Eu nunca me esqueceria, como poderia? Foi a pessoa mais importante que já passou pela minha vida.
 - Faz assim – Ele disse apontando para uma estrela – Está vendo aquela estrela ali? – Ele continuou quando balancei positivamente a cabeça – Sempre que você olhar pra ela, você vai se lembrar de mim, combinado?
 - Sim – As lagrimas já tentavam escapar sobre meus olhos.
 Então era isso, era a hora. Abraçamos-nos mais uma vez, e eu entrei no carro. As lagrimas que eu tentava conter todo esse tempo, agora já saiam de meus olhos e escorregavam no meu rosto. Quando o carro começou a partir, eu só olhava para o céu, nunca me esqueceria aquela estrela, nunca. Toda a noite olharia para ela.
 O que eu mais queria era estar de volta ao começo. Então fiz uma promessa silenciosa:
 “ Eu voltarei quando você me chamar, não há porque se despedir”

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